Talvez não caiba a mim encontrar o paradeiro do romance perdido. É que ele não me escapou pelos dedos desatentos, não está ao relento entre o meio-fio e os carros , não se esvaiu junto às memórias de uma madrugada ébria. Me corrói por dentro cogitar a hipótese de que talvez jamais tenha, de fato, existido aquilo que tenho procurado. Me corrói cogitar que, talvez, tudo o que eu tenha vivido não tenha passado de um breve devaneio, ou quem sabe, apenas uma licença poética. Me perfura o estômago a constatação de daquelas coisas que, mesmo assumidamente prováveis e esperadas, eu- ingenuamente- negava até o fim que pudessem acontecer . E acontecem.
Viva o seu romance. Viva o seu último romance.
Viva o seu romance. Viva o seu último romance.
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